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França

Côte de Nuits

Em 900 anos de história, os quase oito hectares murados só tiveram quatro proprietários

A história do Domaine Jean-Marc Millot remonta a 1930, quando a união entre André Millot e Elisabeth Gilles deu origem a uma herança de vinhas em Savigny-lès-Beaune e na Côte de Nuits. Mais tarde, seu filho, Jean-Marc Millot, casou-se com Christine Gouroux, cuja família possuía parcelas excepcionais na Côte de Nuits, incluindo vinhas em Vosne-Romanée, o 1er Cru Les Suchots e os prestigiosos Grands Crus Clos Vougeot, Échezeaux e Grands Échezeaux.

Jean-Marc produziu seus primeiros vinhos no início dos anos 1980, mas foi somente na década de 1990 que as diversas parcelas da família foram reunidas, após uma longa disputa legal. O domaine, que hoje possui 8 hectares, tem todas as suas vinhas com idades entre 50 e 80 anos. Desde 2003, o domaine está sediado em Nuits-Saint-Georges, onde Jean-Marc adquiriu uma nova adega para acomodar o crescimento da propriedade.

Atualmente, quem está no comando é Alix Millot, filha de Jean-Marc, que fez sua primeira safra “solo” em 2016. Alix é parte da nova geração de viticultores talentosos da Bourgogne. Ela não hesita em utilizar cachos inteiros na vinificação. Nas vinhas, a agricultura é praticada de forma o mais orgânica possível, sem o uso de pesticidas ou inseticidas, embora o domaine não tenha certificação oficial. O Domaine Jean-Marc Millot está em uma trajetória ascendente, impulsionado pelo talento e pela ambição de Alix.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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