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Um Legado de Tradição e Terroir

Conforme Antonio Galloni, “Le Chiuse di Sotto elevou significativamente sua qualidade nos últimos anos e é considerado uma das principais propriedades em Montalcino.”

A história começa com Gianni Brunelli, que em 1977 fundou o aclamado restaurante Osteria Le Logge. Dez anos depois, ele retornou a Montalcino para adquirir a propriedade “Le Chiuse di Sotto”, que pertencia a seu pai Dino. Com 2,5 hectares de vinhedos a 250 metros de altitude no norte da região, Brunelli replantou a maior parte das vinhas em 1989, mas preservou uma pequena parcela de 1947, que datava das plantações originais de seu pai.

Após o falecimento de Gianni em 2008, sua esposa Laura, que já trabalhava na propriedade, assumiu a gestão ao lado de Adriano Brunelli, primo de Gianni. Na década de 1990, se expandiu com a compra do vinhedo “Podernovone”, localizado mais ao sul de Montalcino. A propriedade de 4,5 hectares, a 520 metros de altitude, tem solo de marga calcária e xisto, que reflete a luz e o calor, resultando em um local mais quente. Por outro lado, “Le Chiuse di Sotto” é uma parcela de 2,5 hectares, fresca e arejada, que contribui com uma acidez vibrante. Esses dois vinhedos, todos cultivados organicamente, permitem à propriedade misturar o norte e o sul a cada ano, alcançando um grande equilíbrio.

De acordo com Laura Brunelli, a propriedade é cultivada organicamente desde o início. No final de julho, uma poda verde é realizada para deixar entre 7 e 8 cachos por videira. Os vinhedos são trabalhados manualmente, exigindo mais de 400 horas de trabalho por hectare. A fermentação é feita com leveduras selecionadas, e a malolática ocorre naturalmente.

Em 2015, Laura Brunelli inaugurou a nova vinícola em Podernovone. Projetada para ser minimalista e funcional, a adega tem um baixo impacto energético e utiliza energia solar e a gravidade para minimizar sua pegada de carbono. A construção, feita de pedra e com o método tradicional etrusco de “Cocciopesto”, permite que o edifício “respire”. Um corredor secreto circunda a construção, fornecendo isolamento térmico e mantendo a temperatura estável durante todo o ano.

Todas as uvas, provenientes dos vinhedos próprios, são colhidas manualmente com uma seleção cuidadosa e uma inspeção final em uma mesa de triagem. A vinificação ocorre separadamente para cada parcela em tanques de aço inoxidável, com rendimentos muito baixos. O processo não segue protocolos fixos, mas depende das necessidades de cada safra, com as únicas regras sendo a limpeza e a manutenção da temperatura em 26°-27°C. A extração é prolongada, mas delicada, buscando aromas expressivos, cor rica e taninos elegantes. Após a fermentação malolática, os vinhos de cada parcela envelhecem separadamente em barricas de carvalho da Eslavônia, de 5.000 a 30.000 litros. O envelhecimento lento e prolongado em barricas permite que o vinho se clarifique naturalmente, necessitando apenas de uma leve filtração antes do engarrafamento.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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