Roagna Barbaresco Crichet Pajé – 2013

A família Roagna tem longa tradição na viticultura piemontesa. As primeiras garrafas de Barbaresco teriam sido produzidas em 1890, mas diz-se que os ancestrais de Vincenzo e Rosa já faziam vinho muito antes disso. Com o tempo, a propriedade familiar foi crescendo, assim como a fama de seus vinhos. Hoje, os Roagna, liderados por Luca – a quinta geração dedicada à vitivinicultura – são considerados bastiões da pureza do terroir do Piemonte, produzindo alguns dos mais aclamados Barbarescos e Barolos.

Desde os anos 1970, Alfredo, pai de Luca, já vinificava cada vinhedo familiar separadamente, tanto que, em 1978, criou a seleção mais importante da vinícola, o vinho Crichët Pajé. A palavra crichët pode ser traduzida como “topo de uma pequena colina”, com um vinhedo de 0,5 hectare de vinhas de mais de 60 anos e produção extremamente limitada (menos de 100 garrafas em alguns anos). Naquela época, as bases de produção familiar eram somente em Barbaresco, até a aquisição de um vinhedo histórico em Barolo em 1989. Ao todo, hoje eles possuem 20 hectares no Piemonte. Mais recentemente, os Roagna vêm colaborando com produtores de vinhedos excepcionais em Barolo e Barbaresco para criar novos e impressionantes Single Vineyards como Albesani e Gallina, por exemplo.

Para traduzir a alma de Barbaresco e Barolo, a filosofia dos Roagna é de valorizar as vinhas velhas (com uma linha só de Vecchie Viti, por exemplo), não usar clones (fazendo apenas seleções massais nos Single Vineyards), não utilizar químicos nos vinhedos, valorizar o ponto de maturação sem deixar o açúcar sobressair, fermentar com leveduras indígenas, envelhecer exclusivamente em botti (grandes recipientes), fazer longas maturações, engarrafar sem filtrar e com pouco sulfito. Tudo isso para deixar transparecer o verdadeiro terroir de seus ancestrais.