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França

Champagne

O silêncio do solo, a voz do vinho

A propriedade foi fundada em 1894 por Arthur Agrapart, mas somente quase 100 anos depois seus champagnes passaram a fazer parte da lista dos cults, quando seu bisneto Pascal Agrapart começou seu trabalho na empresa familiar. Ele se considera um “bourguignon” em sua abordagem do terroir, mas um autêntico “champenois” na hora de produzir seus espumantes.

Pascal gere seus vinhedos – cujas principais parcelas ficam nos Grand Cru de Avize, Cramant, Oiry e Oger, na Côtes de Blancs – de maneira orgânica e com alguns métodos da biodinâmica, sem quaisquer herbicidas ou pesticidas químicos, apostando somente no equilíbrio microbiológico do solo. Suas videiras costumam ter cerca de 40 anos de idade média. Sua vinificação também tenta ser pouco intervencionista, com o uso de leveduras indígenas. Grandes barricas de madeira ou cubas de aço são usadas dependendo do tipo de cuvée. E dessa forma os rótulos representam a essência de cada terroir de onde vêm suas uvas.

Seu espumante “de entrada”, por exemplo, é um blend de sete villages, chamado Les 7 Crus, que congregam parcelas das sete vilas onde a família possui vinhas. Agraparttambém cultiva as chamadas variedades ancestrais de Champagne (Arbane, Petit Meslier e Pinot Blanc) que, junto com as clássicas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, dão vida a uma cuvée de “field blend”, algo verdadeiramente incomum na região. Por fim, seus “single vineyards” como Minéral e Avizoise são verdadeiras experiências imersivas no terroir de Champagne. A produção anual de Agrapart é uma das menores de toda a região de Champagne, fator que colabora para que as garrafas deste produtor estejam entre as mais disputadas pelos amantes de vinhos de todo o mundo.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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