

A grandeza dos Pagos de Ribera del Duero
A Bodega Chacra é um projeto pessoal de Piero Incisa Della Rocchetta, neto de Mario Incisa Della Rocchetta, que possui uma longa tradição na Itália e deixou seu nome marcado na vitivinicultura da Toscana, tendo sido um dos pioneiros dos chamados vinhos Supertoscanos e um dos primeiros a implementar preceitos de agricultura sustentável em Bolgheri. Também é sócio do projeto Jean-Marc Roulot, sem dúvida um dos maiores gênios da produção de Chardonnay, especialmente em Meursault, na Bourgogne. Roulot se juntou a Piero no plantio, cultivo e vinificação de Chardonnay em Chacra.
A Bodega Chacra carrega a missão de dar vida a grandes vinhos florais e delicados, valorizando e extraindo a máxima qualidade de cada terroir da região. As margens do Rio Negro, onde, na década de 1820, colonos britânicos construíram canais de irrigação formando um cinturão verde muito propício para a agricultura, produzem solos principalmente argilo-arenosos, enquanto na planície seca podem ser encontrados extensos mantos de cascalho conhecidos como ‘Rodados Patagônicos’. Já na área de Mainqué, onde fica a Bodega Chacra, a alta concentração de ferro produz solos de argila vermelha. A produção, tanto dos Pinots quanto dos Chardonnays, é toda pensada de forma natural, com intervenções mínimas.
As condições clássicas de deserto, com dias quentes e noites frias, prolongam a temporada de crescimento e retardam o amadurecimento das uvas. A combinação de ventos fortes, sol constante, pouca chuva e solos aluviais tende a produzir uvas menores e mais espessas, resultando em altas concentrações de açúcar e acidez natural.
A área total de plantio é de 24 hectares: três deles plantados em 1932 e outros sete em 1955, enquanto o restante possui idade média de 20 anos, todos inseridos em um vibrante ecossistema que conecta a produção à imensidão do Universo.
A colheita é realizada geralmente em meados de fevereiro e os rendimentos são baixos, sendo que as uvas passam por duas rigorosas seleções. O manejo é feito sob práticas biodinâmicas, com intervenções mínimas e, na vinícola, a fermentação é realizada com leveduras indígenas em tanques de cimento com temperatura sempre abaixo de 20ºC. Éfeita a decantação natural sem filtragens e todos os rótulos passam por carvalho francês de granulagem extrafina.
Como resultado, os rótulos da Bodega Chacra refletem com fidelidade um ecossistema complexo e harmonioso, representando da melhor forma esta região tão especial da América do Sul.
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Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo
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Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.
A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.
Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.


OS VINHOS








