

O silêncio do solo, a voz do vinho
Charles Palmer era um dos generais sob o comando do duque de Wellington. Além das conquistas militares, ele também colecionou algumas amorosas. Tanto que, em sua passagem pela região de Bordeaux em 1814, conheceu Marie Brunet de Ferrière, viúva de Blaise Jean Charles Alexandre de Gascq, então dona do Château de Gascq, e adquiriu a propriedade, que assim ganhou seu nome.
Entre idas e vindas na história, este Troisième Cru da classificação de 1855 – um lugar bastante questionado atualmente devido ao prestígio recorrente de suas safras do século XX e XXI – acabou, em 1938, nas mãos de um consórcio de famílias ligadas ao vinho.Nomes como Sichel, Ginestet, Mialhe e Mähler-Besse formaram a Sociedade Civil do Château Palmer. Hoje somente as famílias Sichel e Mähler-Besse mantiveram-se no negócio. Assim, as três bandeiras que ficam sobre Palmer remetem às suas origens: inglesa, holandesa e francesa. Sob esse novo comando, o château se tornou um dos mais prestigiados de Bordeaux.
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Influência inglesa foi determinante na história de um dos mais prestigiados châteaux de Margaux
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Seus cerca de 45 hectares de vinhedos ficam ao lado do Château Margaux. Neles são plantadas as variedades Merlot e Cabernet Sauvignon em proporções bastantes parecidas, e uma parte com Petit Verdot. A idade média das vinhas é de 30 anos e o cultivo obedece aos preceitos da biodinâmica. O Château Palmer e o segundo vinho, Alter Ego, costumam manter proporções semelhantes de Merlot e Cabernet no assemblage (o que é raro no Médoc). Alter Ego tende a ter um pouco mais de Merlot e estar pronto mais cedo para ser desfrutado.
O château também produz um vinho chamado Palmer XIXth Century Historical Wine, feito com 85% de um assemblage de Cabernet Sauvignon e Merlot e os outros 15% de Syrah vindas do Vale do Rhône. Por Fim, o Château Palmer produz um branco, Vin Blanc de Palmer, elaborado com um corte de Muscadelle e Sauvignon Gris.


OS VINHOS








