

A grandeza dos Pagos de Ribera del Duero
Philippe Foreau, é o mais respeitado produtor de Vouvray, no Loire. Ao criar o Domaine du Clos Naudin em 1923, o avô de Philippe Foreau adquiriu belos terrenos com solos argilosos e de sílex chamados “parruches” em Vouvray, no vale do Loire, onde as uvas Chenin Blanc se expressam de maneia sublime. Na década de 1980, Philippe foi o único de seus irmãos a embarcar na aventura de assumir a propriedade e não deixar o trabalho de seu avô e pai, André, se esvair.
Hoje, o domaine consiste em 11,5 hectares. As vinhas estão localizadas no nordeste de Vouvray. Os principais vinhedos são conhecidos como “Les Perruches” e “Les Ruettes”. A idade média das vinhas é de aproximadamente 45 anos. A vindima é feita manualmente com inúmeras passagens pelas vinhas para selecionar uvas maduras cacho a cacho. Os cuvées demi-sec e moelleux são produzidos apenas nos anos em que as uvas atingem naturalmente muita maturação.
Philippe diz que não está ligado a nenhuma escola de vinificação e se esforça para aproveitar ao máximo seu terroir com base de argila para produzir vinhos com equilíbrio perfeito. Ele pratica a agricultura orgânica sem, no entanto, apontar isso no rótulo, de forma a manter sua liberdade em caso de necessidade.
Duas tradições são preservadas: nunca são feitas fermentações maloláticas e os trabalhos em madeira são precisamente dosados, graças a barricas originais com cerca de 30 anos. Seus vinhos são fermentados em carvalho por seis meses e passam por um curto envelhecimento, sem chaptalização, acidificação ou adição de levedura. Hoje, seu filho Vincent vem assumindo a propriedade da família e mantendo-a como o maior nome de Vouvray.
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Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo
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Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.
A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.
Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.


OS VINHOS








