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França

Côte de Beaune

O silêncio do solo, a voz do vinho

O histórico Domaine Fontaine-Gagnard foi fundado em 1985, a partir dos vinhedos herdados do casamento de Richard Fontaine com a filha mais velha de Jacques Gagnard, Laurence Gagnard. O domaine está localizado na região de Chassagne-Montrachet, possui 12 hectares de vinhas nos melhores vinhedos da região, incluindo parcelas em 3 vinhedos Grand Cru e em 12 vinhedos 1er Cru. Nenhum outro produtor de Chassagne-Montrachet possui tantas parcelas em vinhedos classificados como os melhores da região.

O Domaine Fontaine-Gagnard é, desde 2007, administrado pela talentosa Céline Fontaine, considerada uma das enólogas mais geniais da nova geração da Bourgogne. Céline acredita que a elaboração de um grande vinho começa nas vinhas. Há um grande empenho durante todo o ano para que seja possível lhes dar o maior potencial qualitativo para a colheita, sempre através da agricultura sustentável. A vinificação dos vinhos acontece de maneira tradicional, utilizando leveduras indígenas. Após vinificação os vinhos são envelhecidos em cerca de um terço de carvalho novo para os 1er Crus e um pouco mais para os Grand Crus. Desde o final da década 1980 até os dias atuais, o domaine compra seu próprio carvalho francês personalizado por meio de um “courtier de bois”, que envelhece o carvalho por dois anos e o entrega a um tanoeiro local para finalização.

Os vinhos do Domaine Fontaine-Gagnard são profundos, intensos e complexos. Na linha dos brancos, há o excelente Chassagne-Montrachet. A variedade de 1er Crus começa com o Chassagne-Montrachet Clos St. Jean, um dos mais famosos vinhos desta denominação, que é conhecido por ser o mais pronto para beber quando jovem. Há também o Chassagne-Montrachet Maltroie, um vinho com um pouco mais de estrutura do que o Clos St. Jean e com grande poder de envelhecimento. Já o 1er Cru Morgeot é feito a partir de vinhas situadas entre o excelente “climat” de La Cardeuse e a fronteira de Santenay. Por fim, o 1er Cru Les Caillerets, elaborado a partir de solos muito calcários e que normalmente produzem o 1er Cru mais duradouro do portfólio do domaine. Na categoria mais alta dos brancos da região, o produtor elabora vinhos em todos os 3 vinhedos Grand Cru da região, sendo que neste ano está disponível o mítico Bâtard-Montrachet, elaborado a partir de 0,4 hectares de vinhas plantadas entre 1930 e 1986. Indo para os tintos, o produtor elabora um Bourgogne Passetoutgrain a partir de duas parcelas em Chassagne-Montrachet e o 1er Cru Morgeot Rouge com vinhas plantadas na década de 1960.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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