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França

Loire

A grandeza dos Pagos de Ribera del Duero

Algumas mudanças de direção marcaram o caminho do Domaine du Bel Air, uma das joias de Bourgueil. Quando Pierre Gauthier assumiu a propriedade de seu pai em Benais, tinha a missão de seguir seu legado. Vindo de uma tradição de agricultores de policultura iniciada por seu bisavô em 1880, as videiras passaram a predominar nos anos 1970 e André, pai de Pierre, aprendeu as artes da vinificação de forma autodidata, enxertando com as próprias mãos e arando a cavalo.

Mas Pierre decidiu inovar e em pouco tempo modernizou as terras, produziu mais usando tecnologias e especialmente intervenções nos vinhedos com fertilizantes, herbicidas etc. “Após 20 anos desta viticultura, fui perdendo o meu latim”, admite. Percebendo o que tinha feito, resolveu resgatar a simplicidade e a essência do que seu pai fazia.

Assim, a partir de 1995, com conselhos de Denis Duvenau e Philippe Noye, iniciou uma nova jornada. Em 2000, converteu o vinhedo para agricultura orgânica e passou a fazer uma seleção de cada vinhedo. Além disso, mudou a vinificação, com fermentações mais longas com leveduras indígenas, estágio em barricas usadas. A família Gauthier tem a sorte de ter grutas antigas escavadas na rocha vulcânica como sua adega, que serve como um abrigo aconchegante para os vinhos que descansam ali, serenamente, em um ambiente estável e vedado, com temperaturas naturais ideais para a conservação. Tudo em busca do melhor caráter para seu maravilhoso Cabernet Franc.

Hoje, Pierre – com o filho Rodolphe – dá vida a apenas cinco rótulos que, retomando o legado de seu pai, revelam o potencial incrível da Cabernet Franc no Loire e da denominação Bourgueil.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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