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França

Sud-Ouest

O silêncio do solo, a voz do vinho

Elian da Ros, desde os 14 anos, sonhava em ser viticultor. Estudou enologia e viticultura e posteriormente trabalhou por cinco anos no renomado Domaine Zind-Humbrecht, na Alsácia. Em 1998, Elian retornou para Cocumont com objetivo de produzir os seus próprios vinhos em sua terra natal. Este ousado projeto foi pioneiro na denominação de Côtes-du-Marmandais, onde nunca antes houve um enólogo que produziu e engarrafou o seu próprio vinho seguindo a denominação de origem da região. A propriedade de Elian da Ros hoje cobre 19 hectares de encostas em um terroir de cascalho, argila e calcário. As vinhas são cultivadas organicamente desde 2000 e é biodinâmica desde 2002. Elian da Ros está em um nível de excelência único na região, os seus vinhos atingiram patamares de qualidade muito elevados, sendo constantemente aclamado pelos críticos e especialistas como um dos mais importantes enólogos da França.

O seu vinho branco, Coucou Blanc, é feito a partir de um assemblage de Sauvignon Blanc, Sauvignon Gris e Sémillon. É um vinho que sofre bastante influência das filosofias de viticultura e vinificação que Elian desenvolveu na Alsácia.

Indo para os tintos, o Le vin est une fête é elaborado a partir de um corte de Abouriou, Cabernet Franc e Merlot. O Merlot e o Cabernet Franc são desengaçados e depois fermentados em cubas abertas entre 8 e 10 dias. O vinho é envelhecido 10 meses em barricas de segundo e terceiro usos. O Chant Coucou é elaborado a partir de um corte de Merlot, Cabernet Sauvignon, Malbec e Syrah, majoritariamente de vinhas com cerca de 30 anos de idade, enraizadas em solo argiloso e cascalho em um subsolo de melaço de mármore cinza. Elian usa para a vinificação cubas de concreto abertas, com maceração de 2 a 3 semanas e extrações muito suaves. Por fim, o Clos Baquey, feito com Cabernet Franc, Merlot, Abouriou e Cabernet Sauvignon, vindas de uma única parcela. A Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Merlot são totalmente desengaçadas, enquanto a Abouriou é vinificada com cachos inteiros. Cada uva é vinificada separadamente e envelhecidas por 12 meses antes do engarrafamento e por mais 12 meses na garrafa antes de o vinho ser lançado no mercado.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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