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Itália

Abruzzo

Um Legado de Tradição e Terroir

A história da família Pepe começou em 1899 com o cultivo de uvas para cooperativas. Foi apenas em 1964 que Emidio Pepe decidiu que a qualidade de suas uvas merecia um destino maior e começou a produzir seus próprios vinhos, inicialmente com apenas um hectare de vinhas. Hoje, a propriedade se expandiu para 17 hectares, com uma produção de 80.000 garrafas.

No início de sua jornada, Emidio experimentou maquinários modernos, mas rapidamente percebeu que precisaria de uma abordagem mais autêntica para se destacar em um mercado dominado por vinhos jovens e genéricos. Ele desenvolveu uma filosofia própria de vinificação, na contramão da modernização da época. Seus primeiros vinhos, inicialmente desvalorizados na Itália, encontraram reconhecimento em Nova York, o que foi um passo crucial para a reputação internacional que a propriedade tem hoje.

O lema da propriedade, “In vino vita” (no vinho há vida), encapsula a filosofia que guia a família até hoje. Atualmente, a gestão é compartilhada por Emidio, suas filhas Sofia e Daniela, e suas netas Chiara e Elisa. A vinícola foi certificada como biodinâmica em 2006, liderada por Sofia, embora a família já praticasse a agricultura orgânica há muito tempo. “Por que poluir a terra ou envenenar o vinho?”, questiona Emidio, defendendo sua abordagem como puro bom senso.

As vinhas estão localizadas nas colinas de Abruzzo, entre o Mar Adriático e as Montanhas Apeninas, em solos de argila e rocha calcária. Elas são cultivadas em pérgolas, uma técnica que permite que as uvas amadureçam na sombra, protegidas do sol, desenvolvendo o que Pepe chama de “velluto” (veludo) — a sensação suave na boca. O cultivo é feito sem tratamentos químicos, e a colheita é manual.

Na adega, a vinificação é meticulosa. A fermentação é espontânea, com leveduras nativas, e os vinhos envelhecem exclusivamente em tanques de cimento, uma escolha deliberada para evitar os tons de carvalho. Os vinhos de Emidio Pepe não são filtrados, nem clarificados, e não há uso de sulfitos. Chiara destaca a importância de engarrafar um produto “vivo”, que evolui e preserva a natureza da safra.

Com 56 safras em sua história, Emidio Pepe provou que o Montepulciano d’Abruzzotem potencial para ser um vinho fino e de longa guarda. A dedicação da família e sua crença no terroir de Abruzzo transformaram a propriedade em uma das mais respeitadas da Itália.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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