

O silêncio do solo, a voz do vinho
Sob o comando da enóloga Margarida Serôdio Borges, Quinta do Fojo é uma vinícola portuguesa localizada na margem esquerda do vale do Rio Pinhão, região Douro, mais precisamente no vilarejo de Alijó.
Seus rótulos possuem características únicas e são originários de duas vinhas: uma delas plantada ainda no século XIX e outra com 30 anos de idade. A vinha mais jovem produz exclusivamente o vinho chamado Quinta do Fojo, enquanto a mais antiga é berço do Vinha do Fojo, que em safras espetaculares recebe o nome apenas de Fojo.
O terreno da propriedade, que tem cerca de 13 hectares, está a uma altitude que varia entre 250 e 370 metros e seu terroir único emprega elegância e profundidade, além de taninos firmes e redondos.
A Quinta do Fojo produz vinhos com grande potencial de guarda e sua casta dominante é a Tinta Roriz, seguida por Tinta Barroca e Tinta Cão. Além destas há também, em menor volume, Touriga Franca e Touriga Nacional.
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Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo
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Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.
A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.
Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.


OS VINHOS








