

A grandeza dos Pagos de Ribera del Duero
O Domaine Vacheron é considerado um dos melhores de Sancerre, denominação localizada no leste do Vale do Loire. Atualmente cultivam-se 34 hectares de Sauvignon Blanc e 11 hectares de Pinot Noir, em um terroir com solos variando entre o sílex e o argilo-calcário. O domaine foi completamente transformado em biodinâmico após os primos Jean-Laurent e Jean-Dominique Vacheron assumirem o comando da propriedade. Não é utilizado material sintético na vinha, as colheitas são realizadas exclusivamente à mão e o único fertilizante utilizado é produzido a partir de compostagem. Os rendimentos são mantidos extremamente baixos. Tendo herdado algumas das parcelas mais cobiçadas da região, Vacheron faz uma abordagem com inspirações na Bourgogne para a vinificação, com parcelas sendo vinificadas de acordo com as características do terroir e os assemblages variando de ano para ano. Outra característica importante é a idade das vinhas, a maioria antiga, entre 30 e 90 anos.
A junção de todos estes fatores faz com que o Domaine Vacheron consiga fazer, em Sancerre, vinhos de enorme qualidade, sendo considerado um dos melhores produtores do vale do Loire. Em relação aos vinhos, seus brancos, calcados na casta Sauvignon Blanc, estão em três níveis crescentes de complexidade. Sob a denominação Sancerre, este branco provém de vinhas com idade entre 30 e 50 anos, cultivadas em solos variados de sílex e argilo-calcários. Aqui há expressão de fruta, mineralidade e grande frescor. O segundo branco vem do terroir Les Romains, com solos predominantemente de sílex e vinhas com mais de 60 anos. Aqui a mineralidade e a acidez ficam mais acentuadas. Seu Le Pavé vem de vinhas com 26 anos de idade média, localizadas em “Marnes de Crétacé”, é redondo e intenso na boca, com um corpo cheio e poderoso, um Sancerre puro e elegante.
Por fim, uma raridade, uma diminuta parcela de vinhas não enxertadas, moldam um vinho bastante concentrado, chamado L’Enclos des Remparts, um branco com ótima estrutura, notável mineralidade e ampla persistência aromática. Quanto aos tintos sob a denominação Sancerre, de pequena produção em relação aos brancos, a casta é a Pinot Noir. O Sancerre tinto de entrada é marcado pela pureza de fruta, belo frescor e bom trabalho de barricas de carvalho inertes, sem traços de madeira, preservando a essência de seu terroir. Já seu tinto principal vem de um vinhedo chamado Belle Dame, com vinhas de mais de 50 anos. Um vinho mais concentrado e com mais tempo em barrica, embora sempre com o cuidado de não sobrepujar a fruta. Um tinto elegante e, muito fresco. As barricas de madeira são provenientes do Domaine de la Romanée-Conti.
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Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo
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Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.
A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.
Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.


OS VINHOS








