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França

Côte de Beaune

O silêncio do solo, a voz do vinho

Com a família Clerget, é preciso ir até a adega para voltar no tempo para mergulhar nas raízes de uma família estabelecida na Bourgogne desde 1268. Essa incrível linhagem de vinicultores desenrola o fio das safras tendo, como herança, o amor pelo terroir. Uma história tecida de pai para filho por 28 gerações.

Desde a chegada de Thibaud, o Domaine Clerget não só tem um novo rosto, mas também um novo destino. Formado na França e no exterior, esse viajante do vinho mantém os pés no chão: da vinha ao marketing, Thibaud está em todas as frentes. Sua ambição é levar seus vinhos cada vez mais longe, sua visão, sua humildade e seu gosto pela aventura fazem dele um dos produtores de vinho mais promissores de sua geração.

Guardião do passado, Thibaud herdou de seus antepassados o senso de boas práticas agrícolas, o rigor e a capacidade de ouvir o terroir, um artesão em suas fileiras, à vontade em um trator, vigilante na sala de cubas e perspicaz na adega, ele faz parte da pura tradição da região, mas também pertence a essa nova geração de viticultores curiosos e de mente aberta.

Para ele, cada safra é um desafio a ser enfrentado, uma nova aventura a ser escrita e uma oportunidade de se superar. Thibaud conhece de cor os 6 hectares da propriedade, dia após dia, ele domina cada parcela e estabelece um diálogo com suas videiras. De Meursault a Vougeot, entre Pommard e Volnay, ele acompanha cada terroir com humildade.

Intransigente no vinhedo, Thibaud cultiva suas uvas com uma qualidade impecável. De volta à propriedade, elas são meticulosamente selecionadas e submetidas à maceração pré-fermentativa a frio para preservar a delicadeza das uvas Pinot Noir, a fermentação continua naturalmente, antes de serem prensadas e extraídas com cuidado. Na escuridão e no silêncio da adega do século XVII, os barris se tornam um só com o vinho: nesse momento, a experiência do vinicultor encontra a do tanoeiro. O instinto como guia, o calendário lunar como bússola e o terroir como diretriz.

Artadi busca não fazer vinhos, mas traduzir a voz do solo

Ao tratar a terra como um organismo vivo, Artadi adota uma agricultura ecológica, sem uso de substâncias químicas, guiada por um profundo respeito à biodiversidade. Cada vinha é cuidada como um indivíduo, e os processos de produção seguem uma lógica artesanal e atenta. A colheita é manual, realizada em pequenas caixas para preservar a integridade dos cachos. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, respeitando o tempo natural de cada mosto, e o estágio se dá em barricas de diversos tamanhos, discretamente utilizadas, permitindo que o vinho evolua com elegância, sem maquiagem de carvalho.

A filosofia da vinícola está ancorada na ideia de que tradição e inovação não são opostas, mas companheiras. Com um olhar voltado para o futuro, mas os pés firmes na história, Artadi organiza sua produção de forma hierárquica, valorizando a origem específica de cada vinho — das expressões regionais às parcelas únicas.

Na Bodega Artadi, fazer vinho não é repetir fórmulas, mas escutar o solo, entender as estações e trabalhar com sensibilidade. É esse compromisso com o lugar — e com as pessoas que o interpretam — que transforma cada garrafa em uma tradução precisa da natureza e do tempo.

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