Há dois Château Pichon famosos em Bordeaux. Longueville Comtesse de Lalande e Longueville Baron já foram uma única propriedade até 1850. Era um território bastante grande em Pauillac, vizinho ao Château Latour. Quando o Barão Joseph de Pichon Longueville morreu, as terras foram divididas entre sua filha Virginie, que se casou com o Conde de Lalande, tornando-se assim condessa (Comtesse) , e seu filho Raoul, que herdou o título de barão (Baron).
Virginie então assumiu a propriedade e logo contratou o célebre arquiteto Henri Duphot para erguer o edifício do Château, inspirado no Hotel de Lalande em Bordeaux. Foi graças ao seu trabalho que o Château Pichon Longueville Comtesse de Lalande alcançou o status de Sécond Cru Classé na classificação de Bordeaux em 1855. A família manteve a propriedade até 1925 quando Edouard e Louis Miailhe a compraram. Donos também do Château Palmer, eles plantaram muito Merlot, o que fez com que Lalande tenha uma proporção bastante alta dessa variedade em relação aos seus pares no Médoc. Em 1978, May Eliane de Lencquesaing, filha de Edouard, herdou o Château e ajudou a criar a reputação de ser um “super segundo”, graças à sua qualidade impressionante, muitas vezes rivalizando com os Premier Grand Cru Classés.
Desde 2007, a propriedade de cerca de 90 hectares está nas mãos da família Rouzard, do Champagne Roederer, com Nicolas Glumineau como gestor e enólogo. Seu principal vinho costuma ter maior proporção de Cabernet Sauvignon (de 60% a 70%), mas também muito Merlot (por volta de 25%), completando com parcelas menores de Cabernet Franc e pitadas de Petit Verdot. O segundo vinho, Réserve de la Comtesse, segue proporções parecidas.