O vilarejo medieval de Saint-Émilion, inscrito em 1999 como Patrimônio Mundial da Humanidade, é um dos lugares mais visitados e adorados por enófilos de todo o mundo. Construções de pedra calcária branca, minério sobre o qual todo o centro da comuna está assentado, contrastam com vinhedos antológicos, onde a ação do rio Dordogne produziu um mosaico de terroirs singulares.
Situado nesta confluência de belezas naturais e históricas, o Château Fonroque, com 20 hectares, a algumas centenas de metros do centro do vilarejo, é o primeiro Grand Cru de Saint-Émilion certificado biodinâmico. Adquirido em 1931 pelos tradicionais viticultores Adèle e Jean Moueix, o Château Fonroque é considerado o berço da família Moueix – que mais tarde se consagrariam com Petrus. Alain, bisneto do casal Adèle e Jean, foi pioneiro na introdução da agricultura biológica e dos preceitos da biodinâmica nos vinhedos de Saint-Émilion.
Para a família Guillard, proprietários desde 2017, essa atenção às práticas sustentáveis de viticultura foi essencial para fechar a compra do Château.
O vinhedo conta com 20% de videiras de Cabernet Franc, plantadas nos sopés das encostas, e 80% de Merlot, no planalto calcário que, associado à variedade, produz um vinho macio e cristalino. Para Alain, que continua como consultor da propriedade, a adição de Cabernet Franc cumpre a função de adensar o conjunto, resultando numa expressão mais plena e mais fresca da Merlot. Fonroque produz vinhos vigorosos, profundos, com acentuada mineralidade, aromas finos e redondos, e uma persistência na boca que sempre convida a uma próxima taça.