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Um passeio pelas principais regiões de Bordeaux no emblemático ano de 1982.

22 de Agosto entra para história.

A Clarets realizou a oitava edição de seu Wine Dinner, onde foram servidos 19 rótulos diferentes da safra de 1982, considerada a melhor da história desta região.

O palco para este memorável evento foi o Buffet Fasano, um dos mais luxuosos espaços para eventos de São Paulo, que, pela primeira vez, fora fechado para um jantar com apenas 45 convidados.

Os chefs Luca Gozzani, do Fasano e Luiz Filipe Souza, do Evvai, uniram-se para preparar um menu de 8 tempos exclusivamente para o evento.

Cada chef idealizou 4 etapas, minuciosamente criadas para harmonizar com os vinhos e para proporcionar uma experiência gastronômica à altura da exigência do evento.

Os melhores jantares do Brasil você encontra na Clarets.

Confira as imagens do VIII Wine Dinner Clarets

Saiba tudo sobre o VIII Wine Dinner – Um passeio pelas principais regiões de Bordeaux no emblemático ano de 1982.

Chef Luca Gozzani

Um italiano nascido em Empoli, cidadezinha de 50 mil habitantes na Toscana, Luca Gozzani, 37 anos, trabalha no grupo Fasano desde 2007 e trouxe para o Brasil a tradição mediterrânea com uma pitada de criatividade e modernidade.

Filho de mãe alemã e pai italiano, não foi surpresa quando Gozzani, ainda criança resolveu entrar para a gastronomia. O chef adorava ajudar na cozinha e recebeu a primeira influência da avó paterna, Domenica, que trabalhava como cozinheira em uma pousada da Toscana. Aos 15 anos, entrou para o Istituto Professionale Alberghiero Di Stato Bernardo Buontalenti, escola de nível superior em Florença, onde aprendeu sobre culinária, administração hoteleira e confeitaria. Este foi o primeiro passo para uma carreira de sucesso. Em 1996, pouco depois de concluir a formação, foi convidado para trabalhar, por até 15 horas por dia, na restaurante Enoteca Pinchiorri, em Florença, cotado com três estrelas máximas no Guia Michelin. Gozzani também se aventurou na cozinha do 2 estrelas Michellin Don Alfonso, na Costa Amalfitana. Um ano e meio depois, preferiu voltar para o Enoteca Pinchiorri na função de subchef. Foi lá que teve o primeiro contato com Rogerio Fasano. O restaurateur viajava pela Itália em busca de alguém competente para assumir a cozinha do novo empreendimento no Rio de Janeiro, Fasano Al Mare.

Em sua primeira visita ao Brasil, Gozzani se apaixonou pelas paisagens e clima tropical. Já no comando da cozinha do Fasano Al Mare, o chef tentava equilibrar a inovação e modernidade de seu menu com a tradição do Fasano, já conhecida e aprovada pelos clientes. Ele conseguiu. Aos poucos os pratos foram aceitos e não saíram mais do cardápio. A aposta era em frutos do mar. Carpaccio de polvo, salada caprese com tomate demi-sec envolto em mussarela de búfala, pesto e presunto de parma e tamboril assado em lardo de Colonnata acompanhada por creme de ervilha foram algumas das sugestões do chef.

Após seis anos comandando o restaurante na capital fluminense, em 2012, Gozzani foi escolhido para ser o chef do restaurante Fasano em São Paulo. A estreia já vem com sabor de vitória. O Fasano ganhou o título de “excelente” cozinha e manteve as três estrelas pelo Guia Brasil 2013 e além de tudo, conduziu o restaurante para ganhar sua primeira Estrela Michelin. Descobrir o segredo da cozinha de Gozzani é impossível, já que o chef não segue as receitas ao pé da letra. O que é garantido é a presença do azeite. Todos os pratos produzidos levam um toque do ingrediente.

 Texto adaptado da fonte: https://saopaulo.tastefestivals.com/chef/luca-gozzani/

Chef Luiz Filipe Souza

No comando do Evvai, restaurante de culinária italiana contemporâneo, Luiz Filipe Souza, conta sobre sua experiência:

LUIZ FILIPE SOUZA – “Fiz administração de empresas na ESPM. Quando eu estava no final do curso, meu pai ficou muito doente e logo depois faleceu. Foi um momento muito difícil para mim, mas vi que era um momento de eu assumir um rito de passagem na minha vida. Eu trabalhava num banco fazendo análise de crédito, porém, sempre tive vontade de fazer gastronomia. Eu tinha um dinheirinho guardado, mas eu tive que, desde o início, fazer estágios. Eu já sabia dos desafios da área. Assim que eu me matriculei, sem ainda nem ter tido aulas, eu consegui uma entrevista com o Salvatore Loi no Fasano. E, desde então, nunca mais parei. Trabalhei com o Loi durante 8 anos. Ao longo desse período, apareceram várias oportunidades. Mas eu nunca achei que estava pronto para assumir uma cozinha. Meu relacionamento com o Loi era muito bom, algo difícil se encontrar. Vários colegas meus da área relatavam que não conseguiam ter um relacionamento de amizade com os chefs. Mas eu tinha todo o respaldo dele, que deu espaço para eu crescer profissionalmente. Mas chegou um momento em que deu uma estagnada profissional. Em fevereiro de 2017 eu sai do Salvatore Loi com o intuito de montar um restaurante. Mas voltei para NY e passei um mês fazendo pesquisas. E um dos sócios do Evvai, o Guilherme Vilazante Castro, seria o meu sócio investidor nesse novo negócio. Eu já estava procurando um ponto para abrir meu restaurante. Mas nesse meio tempo, a sociedade com o Loi não deu certo, e fui convidado a voltar e fazer o Evvai. Assim nasceu o restaurante.

O Evvai é um restaurante de culinária italiana contemporânea. Está localizado exatamente entre os bairros dos Jardins e Pinheiros. Os Jardins é um bairro de alto luxo, e Pinheiros tem crescido muito gastronomicamente também. O Evvai tem um DNA de fine dining, até porque eu só trabalhei em restaurantes de alta gastronomia. Utilizamos técnicas de alta cozinha, entregando com um serviço mais descontraído.”

No ano de 2019 Luiz Filipe Souza conquistou sua primeira estrela Michelin.

 Texto adaptado da fonte: https://infood.com.br/chef-luiz-filipe-do-evvai-e-preciso-enxergar-o-restaurante-como-um-todo/

Sommelier Manoel Beato

Manoel Beato é um dos sommeliers mais respeitados do Brasil, sua história no mundo dos vinhos vem de longa data.

Completou em Fevereiro de 2019 27 anos como sommelier do restaurante Fasano, o restaurante Italiano mais famoso e premiado do Brasil. A sua história na gastronomia começou quando cursava letras na Unesp, em Assis, interior de São Paulo. Nesta época Manoel começou a  trabalhar paralelamente aos estudos como garçom, para conseguir, assim, uma renda extra. Na sequência veio para a capital e foi trabalhar no renomado Maksoud Plaza, que na época tinha o conceituado restaurante francês chamado La Cuisine du Soleil. Em seguida Beato foi para o extinto Saint Germain e, mais  tarde, para o Le Bistingo, onde a paixão pelos vinhos se tornou definitiva. A formação como sommelier veio na primeira turma formada pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers). Posteriormente Manoel morou na França para aprimorar os estudos e aprender o idioma francês, o mais importante para o mundo dos vinhos. Durante o período de 27 anos no grupo Fasano Manoel foi inúmeras vezes visitar produtores nas principais regiões do mundo, principalmente na França.

Ao longo de sua carreira Manoel escreveu três livros, Guia Larousse do Vinho, Manoel Beato, Queijos Brasileiros à Mesa e Cachaça. Já teve um programa especializado no rádio. Começou como Adega Musical, na Eldorado e passou para o Adega no Rádio, na Rádio Estadão. Manoel também é o encarregado de apresentar os Wine Dinners da Clarets, que são os jantares harmonizados mais conceituados do Brasil.

No dia 22 de Agosto, Manoel Beato, com todo seu carisma e conhecimento, foi o  mestre de cerimônia do VIII Wine Dinner – O melhor de Bordeaux 1982, explicando a história de cada Château, as peculiaridades da safra 1982 e as principais  características dos 19 rótulos que foram servidos na noite.

O Buffet Fasano

O Buffet Fasano, um dos mais luxuosos espaços para eventos de São Paulo, foi o palco do VIII Wine Dinner – O melhor de Bordeaux 1982. Pela primeira vez em sua história foi fechado para um evento com apenas 45 convidados. Com o projeto arquitetônico desenvolvido pelo renomado arquiteto Isay Weinfeld e idealizado pelas sócias-proprietárias Andrea Fasano e Patrícia Filardi, o Buffet Fasano hoje é referência no cenário nacional. Com capacidade para até 1.000 pessoas, conta com um espaço de 950 metros quadrados, hall de 250 metros quadrados e pé direito de 09 metros. O luxuoso e sofisticado espaço são identidade da grife Fasano, onde o cliente tem a certeza um serviço impecável.

O Cardápio

Dois dos mais renomados Chefs da gastronomia Italiana no Brasil se unem para executar um exclusivo menu de 8 tempos para o Wine Dinner – O Melhor e Bordeaux 1982. Foram 2 meses de muita interação entre os premiados chefs Luca Gozzani – Fasano SP, Luiz Filipe Souza – Evvai e a equipe Clarets para chegar a um menu que mostrasse o melhor do estilo de cada chef e, principalmente, que harmonizasse perfeitamente com os vinhos que serão servidos em cada etapa. Ao final, conseguimos elaborar um cardápio que mescla dois estilos diferentes da gastronomia italiana, um mais tradicional e outro mais contemporâneo, em que ambos se complementam e conseguem harmonizar impecavelmente com os vinhos de suas respectivas etapas.

MENU VIII WINE DINNER – 22 de agosto de 2019
Terrine de foie gras, nozes e caviar
Chef Luca Gozani
Harmonização Saint Estephe:
COS D´ESTOURNEL | MONTROSE
1982
Mosaico de wagyu, cogumelos selvagens, batata soufflé com emulsão de tutano
Chef Luiz Filipe Souza
Harmonização Saint Julien:
GRUAUD LAROSE | LEOVILLE LAS CASES
1982
Raviolo recheado de galinha de angola, creme de pinoli e alho negro Chef Luca Gozani
Harmonização Saint Emilion:
CHEVAL BLANC | AUSONE | FIGEAC
1982
Tortellini de mandioca ouro, trufa preta fresca, brodo espesso de pato e prosciutto de pato
Chef Luiz Filipe Souza
Harmonização Pomerol:
PETRUS | CONSEILLANTE | TROTANOY
1982
Codorna, cebola roxa e mourilles
Chef Luca Gozani
Harmonização Margaux e Pessac Leognan
MARGAUX | PALMER | HAUT BRION | LA MISSION HAUT BRION
1982
Paleta de cordeiro laqueada, timo e abóbora defumada no pau-brasil
Chef Luiz Filipe Souza
Harmonização Pauillac
LATOUR | LAFITE | MOUTON | PICHON LALANDE
1982
Seleção de queijos, mel de emerina, mostarda de cremona e mostarda de frutas brasileiras
Chef Luiz Filipe Souza
Harmonização Sauternes
D’YQUEM
1982
Delice de chocolate, avelã e limão
Chef Luca Gozani

A Safra 1982 em Bordeaux

1982 é um ano histórico para os vinhos de Bordeaux por uma infinidade de razões. Foi a primeira e verdadeira safra da era moderna que inaugurou um novo estilo de vinho de Bordeaux. E isso demorou muito tempo. Desde 1961, 21 anos antes, que não foram produzidos vinhos desse nível consistente de qualidade. O vinho de 1982 em Bordeaux é também a safra famosa por lançar a carreira do crítico de vinhos mais bem sucedido do mundo, Robert Parker. O elogio ininterrupto e exuberante de Parker ao vinho de Bordeaux de 1982 lhe valeu o respeito de uma nova geração de amantes do vinho que continuou por mais de quatro décadas. Enquanto dois dos famosos críticos na época, Robert Finigan e Terry Robards, não acreditavam no potencial dos vinhos daquele ano, Parker afirmou que a safra de 1982 iria entrar para os anais da história do vinho de Bordeaux. Ele estava certo.

As condições que criaram os vinhos de 1982 em Bordeaux estavam quase que perfeitas do início ao fim. A floração ocorreu em condições quentes, ensolaradas e secas. Julho estava quente, ensolarado e seco. Agosto arrefeceu um pouco, mas isso foi rapidamente seguido por uma explosão de calor que durou quase 21 dias. Essa explosão de calor funcionou como mágica. O Merlot era perfeito, mas o Cabernet Sauvignon e o Cabernet Franc não estavam lá. Nesse ponto, diz a lenda que Baco (deus do vinho na mitologia grega) interveio e entregou a quantidade perfeita de chuva por dois dias, permitindo que a Cabernet amadurecesse completamente.

Curiosamente, a safra de Bordeaux de 1982 começou oficialmente em 13 de setembro. Essa é a mesma data em que a mítica safra de Bordeaux de 1945 também teve início. As perfeitas condiçoes climáticas produziram uma safra histórica de Bordeaux que permanece reverenciada até hoje. Depois que os vinhos terminaram a fermentação, foi fácil ver que os Bordeaux 1982 estavam repletos de camadas de densas, ricas, maduras, frutas frescas, texturas opulentas e sensuais e pureza que não eram vistas há décadas.

Enquanto a safra Bordeaux de 1982 foi perfeita para os vinhos tintos, o vinho branco doce de Sauternes não foi tão bem-sucedido, com excessão de dois vinhos: D´yquem e Suduiraut. O calor de setembro não ajudou o desenvolvimento da muito necessária podridão nobre. As chuvas no final do mês ofereceram encorajamento aos cultivadores, mas à medida que se transformou em uma barragem ininterrupta de chuva, o pequeno botrytis desenvolvido acabou sendo varrido. No entanto, o vinho seco e branco Bordeaux de Pessac Leognan foi bastante bem sucedido na safra.

Cos D’Estournel – 1982

Este 1982 ainda está exibindo uma bela tonalidade rubi/roxo, bem como um impressionante conjunto de aromáticos que consistem em frutas azuis e pretas, terra argilosa, flores, alcaçuz e caixa de especiarias. O vinho é médio a encorpado, com taninos doces, um paladar médio a encorpado e um final sedoso. Parece ter atingido a plena maturidade, mas pode ser facilmente guardada em um porão frio por mais de 10 anos.”

95 pontos ROBERT PARKER

Montrose – 1982

Aromas intensos de groselha e especiarias seguem para um paladar encorpado, com taninos redondos e aveludados e um final longo e longo. Isso é complexo, mudando no nariz e no palato. Em camadas e estruturado. Vai melhorar muito no decorrer dos anos.”

96 pontos WINE SPECTATOR

Latour – 1982

Sempre um pouco atípica (que eu suspeito que será o caso cum dia com o moderno 2003), o Latour 1982 tem sido o mais opulento e precoce dos Medocs do Norte, especialmente St.-Juliens, Pauillacs e St.-Estephes. Não mudou muito nos últimos 10-15 anos, revelando taninos doces, bem como níveis extraordinariamente decadentes, mesmo extravagantes de frutas, glicerina e corpo. É um vinho surpreendente, e em várias ocasiões, eu realmente escolhi-o como um banco direito Pomerol por causa da exuberância e suculência, amora, fruta groselha preta. Esta safra sempre provou grande, mesmo em sua juventude, e revelou uma precocidade que um não associa com este Chateau. No entanto, o 1982 ainda está evoluindo em um ritmo glacial. A concentração permanece notável, e o vinho é encorpado, exuberante, rico, clássico Pauillac em seus perfis aromáticos e sabor. É apenas mais musculoso (semelhante a um atleta usando esteroides). Este esforço notável vai durar tanto quanto o Mouton 1982, mas sempre foi mais acessível e frutado. Beba agora, em 20 anos ou 50 anos!”

100 pontos ROBERT PARKER

Lafite – 1982

Esta é uma versão mais densa do 1990 que estilisticamente me lembra o jovem 1959. Ainda não totalmente evoluído, com uma cor profunda do rubi/ameixa que revela somente um leve toque na borda, o vinho oferece um nariz extraordinário de ervas caramelizadas, fumo, cedro, tinta da pena, groselhas pretas, e terra. Os aromáticos lindos são seguidos por um vinho encorpado, gordo, rico e carnudo com baixa acidez. Com 6-8 horas decantação em um decanter fechado, se abrirá, mas precisa uns outros 5-8 anos para alcançar a maturidade completa. É capaz de durar 50-60 anos. Este Lafite clássico não é tão gordo e concentrado como o Latour 1982, nem tão complexo ou concentrado como o Mouton Rothschild 1982, mas é um vencedor como todos estes.”

97+ pontos ROBERT PARKER

Mouton – 1982

Este vinho continua a ser uma das lendas de Bordeaux. Ele deixou seu estilo jovem para trás, que existia durante seus primeiros 25 anos de vida, e ao longo dos últimos 4-5 anos desenvolveu tais nuances secundários como caixa de cedro e especiarias. O creme de Cassis, nota floral subjacente, poder encorpado, pureza extraordinária, textura multicamada, e acabamento de mais de um minuto são uma vitrine para o que este Chateau realizaou em 1982. O vinho ainda é incrivelmente jovem, vibrante e puro. Parece capaz de permanecer frutado e vibrante em 2082! Graças a Deus que está começando a evoluir, eu gostaria de beber a maior parte das minhas garrafas antes de falecer. Este é um vinho grande, ainda jovem, e, na ocasião, nos faz compreender a hierarquia dos Chateau de Bordeaux quando você vê a complexidade e brilho deste grande vinho.”

100 pontos ROBERT PARKER

Pichon Lalande – 1982

Um dos vinhos monumentais do século passado é o 1982 Pichon Lalande. Desde o engarrafamento, ele flertou com perfeição, e foi um velocista em sua evolução, o que deu origem a perguntas sobre a rapidez com que iria começar o seu declínio. No entanto, aos 27 anos de idade, ele retém todas as suas brilhantes, ricas, extravagantes frutas, Cassis, chocolate, e abundância de terra, sabores florestais. Este é um encorpado, extravagantemente rico Pichon Lalande aparentemente desprovido de acidez e taninos, mas o vinho é incrivelmente bem equilibrado e puro. É um esforço surpreedente.”

100 pontos ROBERT PARKER

Gruaud Larose – 1982

Um grandiosíssimo vinho que é claramente de primeira qualidade de crescimento nesta safra, o 1982 Gruaud Larose permanece um jovem. Uma cor levemente densa, espessa, untuamente texturizada, tinta / ameixa / granada / púrpura oferece aromas de sangue de vaca, tartare de bife, cassis, ervas, tabaco e vegetação rasteira. Um dos vinhos mais concentrados desta safra (bem como um dos mais concentrados Bordeaux que eu já provei), é um vinho enorme, corpulento, pesado e rico cujos taninos estão ficando mais finos e sedosos. Parece durar outros 30-40 anos de vida. Este gigante é um exemplo singularmente profundo do Gruaud Larose, que continua a justificar seu status lendário.”

98 pontos ROBERT PARKER

Leoville Las Cases – 1982

Eu provei garrafas perfeitas deste vinho mas, por mais perplexo que pareça, as garrafas da minha adega pareciam não ter evoluído tão bem. Este enorme vinho é, em muitos aspectos, tão grande quanto Leoville Barton, mas possui um maior grau de elegância, bem como uma concentração irreal. Grafite, cassis, quirche, cedro e especiarias características são abundantes em ambos os sabores nariz e encorpado. Os taninos ainda estão lá e, pelo menos na minha adega, esse 1982 parece não ter mudado muito nos últimos 10 a 12 anos. Pergunta-se quanta paciência os admiradores desta brilhante St.-Julien continuarão a exibir.”

95+ pontos ROBERT PARKER

Margaux – 1982

Consistentemente marcando entre 98-100 pontos, o excelente Margaux de 1982 pode ser um pouco maior, mais arrojado e mais masculino do que as safras produzidas nos últimos 15 a 20 anos. Sua cor roxa / ameixa escura é seguida por notas de alcatrão derretido misturado com doces cassis e bases florais. Muito encorpado e denso para um Chateau Margaux, com uma ligeira rusticidade aos taninos, possui poder de grande sucesso, riqueza e aromas impressionantes. Parece ter mais 30-40 anos de vida.”

98 pontos ROBERT PARKER

Palmer – 1982

Provado na vertical do Château Palmer em Londres, a magnum de 1982 Château Palmer é um dos melhores exemplos que eu provei, mesmo que não seja páreo para o 1983. É um pouco rabugento no início, talvez um pouco apertado, mas desdobra-se muito bem e revela uma fruta negra rica em minerais e tingida de soja entrelaçada com grafite. O paladar é médio-encorpado com taninos bastante firmes emprestando esta espinha dorsal. Está faltando algum peso para o acabamento, mas quando se abre no vidro, revela facetas ocultas, como tabaco e notas terciárias, aliadas a equilíbrio e delicadeza. Fica um pouco aquém do que poderia ter sido dado à safra benevolente e qualidade de seus pares, no entanto este magnum sugere que em formatos maiores pode valer a pena procurar.”

92 pontos NEAL MARTIN

Haut Brion – 1982

Eu sei que Jean Delmas, a quem eu respeito como um dos maiores produtores mundiais de vinho, sempre pensou que o 1982 Haut Brion era semelhante ao 1959, mas eu ainda tenho que ver isso. Parece-me que o 1989 está mais perto do 1959, outro vinho perfeito e um dos grandes Haut Brions de todos os tempos. Enquanto o 1982 é uma beleza, nunca atingiu as notas mais altas desta safra ou que este terroir pode alcançar. Aromáticos complexos de terra queimada, ervas fumadas e groselhas vermelhas e pretas doces são seguidos por um vinho encorpado e texturizado, mas nunca senti que esta oferta possuísse a concentração, textura ou personalidade multidimensional encontrada em tais safras como 1989, 1990, e anos mais recentes. No entanto, o 1982 continua a ser um magnífico Haut Brion. Aparentemente menos evoluído do que o 1990, é capaz de outros 20-30 anos de longevidade. Talvez haja algo que ainda se revelará na próxima década.”

95 pontos ROBERT PARKER

La Mission Haut Brion – 1982

Um vinho monumental, este histórico la Mission-Haut-Brion foi o último vintage feito pelos descendentes da família Woltner, que possuía esta propriedade por décadas antes de vendê-la aos seus vizinhos, a família Dillon. O 1982 admiravelmente demonstra a magnificência de la Mission, bem como a singularidade deste terroir surpreendente. Eu tive a boa sorte de prová-lo do barril e vê-lo desenvolver mais nuances na garrafa. Aos 30 anos, continua a ser um Bordeaux majestoso, multidimensional e profundo, com mais 20-30 anos de vida à frente. A expressão aromática extraordinária do terroir afirma-se. Notavelmente, o 1982 ainda está no final da adolescência e ainda não atingiu seu pico. Um dos poucos vinhos perfeitos da safra, o la Mission ainda possui uma cor rubi/púrpura notavelmente densa com apenas uma ligeira Granada e iluminação na borda. Os aromáticos dominados por frutos revelam lotes de cassis, mirtilo, terra queimada, trufas pretas, incenso, grafite e notas de tabaco de alta classe, não fumadas. Ainda exibindo notável concentração, corpo enorme, taninos doce sedoso, e nenhuma acidez perceptível, o 1982 permanece fresco, delineado e super convincente.”

100 pontos ROBERT PARKER

Petrus – 1982

Granada de rubi escura. Tabaco intenso, cedro, bagas e amora. Encorpado, sedoso, firme e fresco. Longo. Uma beleza. Uma das melhores garrafas que eu já provei.”

96 pontos ROBERT PARKER

La Conseillante – 1982

Ironicamente, os 1982 La Conseillante que eu provei da minha adega não tem sido tão convincentes como os que eu provei de outras adegas. Esta garrafa revelou a abundância do âmbar na borda, e o vinho é uma versão mais densa, ligeiramente mais rústica do 1990. No entanto, é um esforço notável revelando abundância de groselha preta, quirche, fumaça, erva, e características de incenso, uma textura encorpada, voluptuosa, e taninos derretidos. Minha garrafa parecia um pouco menos concentrada do que outras que provei, mas este ainda é um grande, totalmente maduro La Conseillante que é melhor consumido durante a próxima década. Provado em 2009.”

94 pontos ROBERT PARKER

Trotanoy – 1982

Esta garrafa de 1982 Trotanoy repete o desempenho do servido no jantar de Zachys em 1982 em Hong Kong. Ele tem um maravilhoso buquê com aroma de Merlot que é floral e exuberante, embora intrigantemente desenvolva mais aromas de Cabernet Franc/carne com aeração contínua. Torna-se arredondado e sensual, com castanhas assadas surgindo com o tempo. O paladar tem uma entrada doce, como seria de esperar para esta safra. É de pelúcia, suave e arredondado na boca com notas de ameixa e amora, uma tintura salina e aquele motivo castanho que continua até o final da juventude. Depois de 30 anos, isso ainda tem muitos anos pela frente.”

96 pontos ROBERT PARKER

Cheval Blanc – 1982

Tudo em harmonia. Merece sua reputação. Rubi escuro. Fumo, trufa negra, bagas e cereja. Encorpado, aveludado e fino.”

96 pontos ROBERT PARKER

Ausone – 1982

Uma verdadeira beleza. Cor rubi escura, com tonalidade granada. Fruta muito fresca com carácter floral, berry e perfume. Encorpado, com taninos superfinos e longo.”

93 pontos ROBERT PARKER

Figeac – 1982

Este é, na verdade, um vinho mais jovem e mais concentrado do que o de 1990. Uma densa cor de ameixa / granada com um ligeiro clarão na borda é seguida por um sensacional nariz de menta, bolo de frutas, especiarias asiáticas, cachos de frutas pretas e vermelhas doces e um componente esfumaçado no fundo. Médio a encorpado com uma adorável frescura, este 1982 parece estar completamente maduro. Provei o mesmo há uma década, e deve manter-se neste nível por mais 10-20 anos.”

94 pontos ROBERT PARKER

d’Yquem – 1982

Esta safra, seriamente difamada por causa das chuvas que assolaram a colheita em Sauternes, foi na verdade uma safra excelente tanto para a Yquem quanto para seu vizinho próximo, Chateau Suduiraut, que trouxe grande parte de suas colheitas antes que as chuvas causassem qualquer dano. O Chateau D´Yquem então esperou até os vinhedos secarem, trazendo suas últimas uvas em 7 de novembro. O 1982 é um estilo muito avançado de Yquem, muito suculento, com sabores de abacaxi, pêssego e damasco, exibindo alguns, mas não muito de botrytis. Na boca, é massiva, espessa e quase tão impressionante quanto a de 1983, mas não se percebe o mesmo grau de comprimento ou complexidade potencial. No entanto, este ainda é um grande Yquem que tem sido um pouco negligenciado por causa da atenção dispensada às safras 1983 e 1986.”

92 pontos ROBERT PARKER

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