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“Um passeio pela história do Château Margaux.”

“As melhores safras de todos os tempos reunidas em um único jantar.”

A Clarets convida você para conhecer como foi o VI Wine Dinner: O melhor do Chateau Margaux. As melhores safras de todos os tempos de um dos mais importantes produtores de Bordeaux reunidas em um único jantar. Apresentação dos vinhos: Aurélien Valance, Diretor Geral do Château Margaux.

Mestre de cerimônia: Sommelier Manoel Beato.
Menu elaborado exclusivamente para o evento e assinado pelo Chef Luca Gozzani.

“CONFIRA IMAGENS DO VI WINE DINNER CLARETS:”

“SAIBA TUDO SOBRE O VI WINE DINNER”
Um dos mais emblemáticos jantares harmonizados da história da enologia brasileira.

“Luca Gozzani”

Um italiano nascido em Empoli, cidadezinha de 50 mil habitantes na Toscana, Luca Gozzani, 37 anos, trabalha no grupo desde 2007 e trouxe para o Brasil a tradição mediterrânea com uma pitada de criatividade e modernidade.

Filho de mãe alemã e pai italiano, não foi surpresa quando Gozzani, ainda criança resolveu entrar para a gastronomia. O chef adorava ajudar na cozinha e recebeu a primeira influência da avó paterna, Domenica, que trabalhava como cozinheira em uma pousada da Toscana. Aos 15 anos, entrou para o Istituto Professionale Alberghiero Di Stato Bernardo Buontalenti, escola de nível superior em Florença, onde aprendeu sobre culinária, administração hoteleira e confeitaria. Este foi o primeiro passo para uma carreira de sucesso. Em 1996, pouco depois de concluir a formação, foi convidado para trabalhar, por até 15 horas por dia, na restaurante Enoteca Pinchiorri, em Florença, cotado com três estrelas máximas no Guia Michelin. Gozzani também se aventurou na cozinha do 2 estrelas Michellin Don Alfonso, na Costa Amalfitana. Um ano e meio depois, preferiu voltar para o Enoteca Pinchiorri na função de subchef. Foi lá que teve o primeiro contato com Rogerio Fasano. O restaurateur viajava pela Itália em busca de alguém competente para assumir a cozinha do novo empreendimento no Rio de Janeiro, Fasano Al Mare.

Em sua primeira visita ao Brasil, Gozzani se apaixonou pelas paisagens e clima tropical. Já no comando da cozinha do Fasano Al Mare, o chef tentava equilibrar a inovação e modernidade de seu menu com a tradição do Fasano, já conhecida e aprovada pelos clientes. Ele conseguiu. Aos poucos os pratos foram aceitos e não saíram mais do cardápio. A aposta era em frutos do mar. Carpaccio de polvo, salada caprese com tomate demi-sec envolto em mussarela de búfala, pesto e presunto de parma e tamboril assado em lardo de Colonnata acompanhada por creme de ervilha foram algumas das sugestões do chef.

Após seis anos comandando o restaurante na capital fluminense, em 2012, Gozzani foi escolhido para ser o chef do restaurante Fasano em São Paulo. A estreia já vem com sabor de vitória. O Fasano ganhou o título de “excelente” cozinha e manteve as três estrelas pelo Guia Brasil 2013 e além de tudo, conduziu o restaurante para ganhar sua primeira Estrela Michelin. Descobrir o segredo da cozinha de Gozzani é impossível, já que o chef não segue as receitas ao pé da letra. O que é garantido é a presença do azeite. Todos os pratos produzidos levam um toque do ingrediente.

Texto adaptado da fonte: https://saopaulo.tastefestivals.com/chef/luca-gozzani/
“Aurélien Valance” – Diretor Geral do Château Margaux.

Aurélien começou sua carreira em 2001 no Château Margaux como estagiário e como parte de seus estudos na Hautes Etudes Commerciales de Paris (HEC), umas das mais renomadas universidades de negócios, onde obteve um mestrado em Administração.

Ele então partiu para Nova York, onde estava envolvido na criação de um grande negócio de importação de vinho. Seu apego ao Château Margaux foi enorme, levando Aurélien a retornar para a França e, se juntar, novamente, à equipe do Château Margaux em 2006.

Aurélien Valance tornou-se o Diretor Geral Adjunto do Château Margaux em 2016, depois de ter ocupado o cargo de diretor comercial da propriedade por quase dez anos.

A sua atividade levou-o a viajar por todo o mundo e a partilhar a sua paixão pelos vinhos Château Margaux, ao mesmo tempo que supervisionava as suas vendas nos mercados tradicionais e no número cada vez maior de países que vem se abrindo para os grandes vinhos de Bordeaux.

Em junho de 2017, ele ganhou o Campeonato Francês de Degustação às Cegas de Vinhos. Aurélien também é um grande colecionador de vinhos e sua adega pessoal possui cerca de 10.000 garrafas.

“Manoel Beato”

Manoel Beato é um dos sommeliers mais respeitados do Brasil, sua história no mundo dos vinhos vem de longa data. Completou em Fevereiro de 2018 26 anos como sommelier do restaurante Fasano, o restaurante Italiano mais famoso e premiado do Brasil. A sua história na gastronomia começou quando cursava letras na Unesp, em Assis, interior de São Paulo. Nesta época Manoel começou a trabalhar paralelamente aos estudos como garçom, para conseguir, assim, uma renda extra. Na sequência veio para a capital e foi trabalhar no renomado Maksoud Plaza, que na época tinha o conceituado restaurante francês chamado La Cuisine du Soleil. Em seguida Beato foi para o extinto Saint Germain e, mais tarde, para o Le Bistingo, onde a paixão pelos vinhos se tornou definitiva. A formação como sommelier veio na primeira turma formada pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers). Posteriormente Manoel morou na França para aprimorar os estudos e aprender o idioma francês, o mais importante para o mundo dos vinhos. Durante o período de 26 anos no grupo Fasano Manoel foi inúmeras vezes visitar produtores nas principais regiões do mundo, principalmente na França.

Ao longo de sua carreira Manoel escreveu três livros, Guia Larousse do Vinho, Manoel Beato, Queijos Brasileiros à Mesa e Cachaça. Há sete anos, tem um programa no rádio. Começou como Adega Musical, na Eldorado, e hoje está com Adega no Rádio, na Rádio Estadão. Manoel também é o encarregado de apresentar os Wine Dinners da Clarets, que são os jantares harmonizados mais conceituados do Brasil.

“O Cardápio”

MENU EXCLUSIVO ASSINADO PELO CHEF LUCA GOZZANI.

Entrada:
Lagosta ao vapor com caviar.
Harmonização:
Pavillon Blanc 1996/2015

Primeiro Prato:
Tartar de Wagyu com Porcini, creme de Parmesão e Tartufo Bianco d´Alba.
Harmonização:
Château Margaux 1978/1979

Segundo Prato:
Ravioli de galinha d’angola com Vellutata de Foie Gras e crocante de avelã.
Harmonização:
Château Margaux 1982/1985/1986

Terceiro Prato:
Peito de pato com especiarias, castanha portuguesa e alcaçuz.
Harmonização:
Château Margaux 1990/1995/1996

Quarto Prato:
Stinco de cordeiro glaceado com orégano e polenta.
Harmonização:
Château Margaux 2000/2003/2009

Finalização:
Seleção de queijos.
Harmonização:
D´yquem 1986

Sobremesa:
Pavlova de frutas do bosque.

“A História do Château Margaux”

No século XII, a propriedade era conhecida sob o nome de “La Mothe de Margaux”, que foi reservada para uso pela realeza. No entanto, os vinhedos ainda não faziam parte da propriedade naqueles dias.

No século XII, a propriedade era conhecida sob o nome de “La Mothe de Margaux”, que foi reservada para uso pela realeza. No entanto, os vinhedos ainda não faziam parte da propriedade naqueles dias.

Os sucessivos proprietários de La Mothe de Margaux eram várias pessoas de nascimento nobre. No momento em que a família Lestonnac assumiu, a propriedade começou a se assemelhar a propriedade que conhecemos hoje como Château Margaux. Pierre de Lestonnac, em um período de dez anos, de 1572 a 1582, reestruturou a propriedade e transformou-a do cultivo de grãos em produção de vinho de Bordeaux.

As vinhas do Château Margaux se desenvolveram totalmente em 1600, no comando da família d’Auledes. No final do século XVII, a propriedade do Château Margaux cresceu para 265 hectares, sendo que um terço da área era usada para o cultivo de uvas.

Devido à incrível qualidade do vinho que foi sendo produzido durante os anos, a propriedade tomou o nome da denominação. Ainda hoje, o único vinho de Bordeaux que leva o nome da denominação de onde está localizada é o Château Margaux.

Château Margaux é um dos mais tradicionais produtores de Bordeaux e de certa forma, eles demoram para introduzir qualquer nova tecnologia, pois analisam criteriosamente todos aspectos com a intenção de garantir que cada passo à frente seja um passo certeiro.

No entanto, curiosamente, a produção moderna de vinhos começou no Château Margaux. Isso se deve a um homem chamado Berlon, que foi o primeiro enólogo de Bordeaux em Margaux a vinificar uvas de vinho tinto e uvas de vinho branco separadamente. Na época, as videiras vermelhas e brancas eram co-plantadas nas mesmas parcelas. Berlon nunca colheu frutas no início da manhã, pois as uvas seriam cobertas com orvalho, tornando os vinhos diluídos em cor e sabor.

Berlon foi um dos primeiros gerentes de vinhedos de Bordeaux a entender a importância dos solos e as diferenças de terroir encontrados em várias parcelas, já que cada um deles conferia uma qualidade e característica diferente aos vinhos.

Em 1771 o vinho do Château Margaux foi o primeiro vinho de Bordeaux a aparecer num catálogo da Christie’s, famosa casa de leilão em Londres fundada em 1766.

Já em 1810, pós o confisco da propriedade durante a Revolução Francesa, o novo proprietário, o Marquês de Ia Colonilla, contratou o arquiteto Louis Combes para construir o castelo e as adegas que ainda hoje são usados ​​no Château Margaux.

Nos anos 1900, sob o comando dos banqueiros da família Pillet-Will, a história do Château Margaux foi marcada pela luta por sobrevivência financeira. Os problemas financeiros foram causados ​​pela recessão e pela filoxera. O ataque da filoxera dizimou suas vinhas. A maioria de seus vinhedos precisava ser replantada. Demorou quase 2 décadas para a vinha voltar à sua produção total.

Como as videiras jovens não produziram o nível de uvas necessárias para fazer um vinho de qualidade First Growth, a tradição de vender parte da produção como um “segundo vinho” marcou a estreia oficial de “Pavillon Rouge du Château Margaux”.

Esta não foi a primeira vez que o Château Margaux fez uma seleção para o seu Grand Vin. Na verdade, isso aconteceu já no século XVII. Antes de 1906, o vinho era rotulado como “2eme vin”, para que os clientes soubessem que não era o Château Margaux. A primeira safra oficial do Pavillon du Château Margaux foi em 1906.

Pierre Moreau introduziu o engarrafamento dos vinhos do Château Margaux na propriedade da margem esquerda, a partir de 1924, como garantia de autenticidade aos compradores. Em 1934, uma grande parte da propriedade foi vendida para a família Ginestet. A depressão fez com que o Château parasse de engarrafar bens até 1949, mesmo ano em que a família Ginestet, que foi extremamente bem-sucedida em negociantes, comprou as ações remanescentes do Château Margaux.

Château Margaux na Idade Moderna

A família Ginestet foi forçada a vender o Château Margaux em 1977 para Andre Mentzelopoulos, devido a crescentes dívidas ocasionadas em parte pelos altos preços do vinho de Bordeaux nos anos 70. Pode parecer incrível para nós hoje, mas a propriedade esteve no mercado por quase dois anos antes de ser comprada por Mentzelopoulos. Andre morreu em dezembro de 1980 e sua filha, Corinne Mentzelopoulos, assumiu o Château Margaux.

Sua jovem idade talvez a impedisse de apreciarplenamente o que era necessário para administrar o Château Margaux. Mas ela foi acompanhada por Emile Peynaud, famoso enólogo de Bordeaux, e também por Philippe Barre, o diretor da propriedade na ocasião.

Renovações foram realizadas para modernizar as instalações vinícolas e caves que foram concluídas em 1982. A replantação de certas seções da vinha começou a ocorrer logo após a compra por Andre Mentzelopoulos e um programa para aumentar a densidade das plantações de vinha também estavam ocorrendo.

Paul Pontallier

Em 1983, Paul Pontallier, engenheiro agrônomo com doutorado em enologia, juntou-se à equipe do Château Margaux, tornando-se diretor técnico com apenas 27 anos de idade, a mesma idade de Corinne Mentzelopoulos.

Paul Pontallier serviu como diretor do Château Margaux por 30 anos.

Por um período de tempo, Corinne Mentzelopoulos também foi uma das maiores acionistas da empresa de água Perrier antes de se concentrar exclusivamente no Château Margaux.

Com a colheita de 2009, sob o comando de Paul, pela primeira vez, a equipe do Château Margaux utilizou 50 cubas para 40 lotes, permitindo que o Château vinificasse parcela por parcela e somente quando necessário. De fato, eles até mesmo vinificaram dentro de parcelas específicas, dando aos seus vinhos muito mais precisão. Isto foi conseguido com a adição de 8 cubas de madeira e 20 cubas de aço inoxidável.

Em 2015, o Château Margaux concluiu uma renovação maciça de suas caves. O projeto, foi liderado pelo arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker Lord Norman Foster. Esta foi a primeira modernização substancial das famosas caves do Château Margaux desde que as caves originais foram construídas em 1810

Para homenagear o extraordinário relacionamento com Pontallier, o Château Margaux 2015, ultima safra produzida com a ajuda de Paul Pontallier, apresenta uma etiqueta especial, gravada em tela, preta, destacando as novas caves projetadas por Norman Foster. Este rótulo único assume importância adicional como o design também celebra o 200º aniversário do Château. Sob o rótulo, perto do fundo da garrafa, há uma linha de impressão que diz: “Hommage a Paul Pontallier”.

Philippe Bascaules foi trazido de volta ao Château Margaux para substituir Paul Pontallier em 2017. Philippe Bascaules foi, anteriormente, o diretor técnico do Château Margaux. De fato, foi Paul Pontallier quem contratou Philippe Bascaules em 1990.

Vinhas e terroir

O vinhedo Château Margaux é plantado em uma proporção de aproximadamente 75% de Cabernet Sauvignon, 20% Merlot, 3% Petit Verdot e 2% Cabernet Franc para as uvas de vinho tinto.

A vinha atualmente esta dividida em 80 parcelas. Ao contrário de muitas propriedades de Bordeaux, a maioria de seus vinhedos fica próxima ao Château. A vinha é basicamente separada em três seções. Eles têm videiras plantadas perto e ao redor da propriedade, parcelas de encosta, que são apenas para o norte e vinhas plantadas perto da igreja, ao sul.

Seu melhor terroir é uma parcela de 25 hectares no pico de seu planalto, com seus profundos solos de cascalho.

A propriedade de 262 hectares do Château Margaux tem um total de 80 hectares de vinha para a produção de vinho tinto. Este é quase o mesmo tamanho que era durante a época da Classificação de 1855 do Medoc.

Em média, as vinhas têm 35 anos de idade. No entanto, há parcelas com videiras muito mais velhas, como as de Cabernet Sauvignon, que estão perto de 80 anos de idade. Algmas vinhas Merlot e Petit Verdot estão próximas dos 60 anos de idade.

A maior parte do trabalho nas vinhas é gerido usando apenas agricultura biológica. Foi em 2017 a primeira safra em que 100% das videiras para o Grand Vin foram cultivadas totalmente organicamente. Uma grande parte das uvas utilizadas para a produção do Pavillon Rouge também é cultivada usando apenas métodos orgânicos.

Vinificação

Para produzir o vinho tinto de Château Margaux, a vinificação é feita em cubas que são uma combinação de madeira e aço inoxidável. São quase 100 cubas de carvalho e aço inoxidável para a vinificação. As cubas variam em tamanho de 5 hectolitros, usadas para testes e experimentos, até 180 hectolitros, que são para usadas para a mistura.

A fermentação maloláctica ocorre em cuba, com exceção do vinho de prensa, que é submetido à fermentação malolática em barril. O vinho tinto do Château Margaux é envelhecido em carvalho 100% novo por 18-24 meses, dependendo da qualidade e do caráter de cada safra.

Uma grande porcentagem dos barris de carvalho usados ​​para envelhecer seus vinhos é produzida no Château Margaux. Château Margaux é uma das poucas propriedades de Bordeaux com sua própria tanoaria na propriedade.

Pavillon Blanc

Para produzir o vinho branco do Château Margaux, o Pavillon Blanc, que é sempre feito com 100% Sauvignon Blanc, as uvas são aglomeradas inteiras, sem contato com a pele. A fermentação alcoólica começa nos tanques de aço inoxidável antes de o vinho ser transferido para o restante da vinificação para os 3% de novos barris de carvalho francês.

Não há fermentação maloláctica. O vinho é envelhecido em suas borras com agitação em barris novos de carvalho francês (33%) por 7-8 meses antes do engarrafamento. Cerca de 2.500 caixas do Pavillon Blanc du Château Margaux são produzidas todos os anos.

Os vinhos do Château Margaux continuaram a mostrar melhorias marcantes desde que a família Mentzelopoulos assumiu. A qualidade deu outro salto gigantesco quando Corinne Mentzelopoulos foi colocada no comando. Parte do motivo é o aumento dos critérios na seleção das uvas.

Texto adaptado das fontes: https://www.thewinecellarinsider.com/bordeaux-wine-producer-profiles/bordeaux/margaux/margaux/ e http://www.chateau-margaux.com

O Château Margaux de 1978 é um vinho significativo por duas razões: é o primeiro da família Mentzelopoulos depois de adquirir a propriedade e também, foi o seu melhor vinho em muitos anos. Hoje ainda está forte. De cor clara, tem um núcleo de granada bem profundo. No nariz é muito sedutor com frutas pretas, couro, terra queimada, uma pitada de lavanda, tudo maravilhosamente definido e característico do Château Margaux. O paladar de corpo médio tem um equilíbrio primoroso, a acidez bem balanceada, ainda um pouco masculina e “sólida” comparada às vindimas subsequentes sob Paul Pontallier, ainda que frescas e vitais. Claro, há uma aridez e um toque de rusticidade no final de boca, mas apesar de tudo, isso representa um grande vinho da margem esquerda de 1978 e um sinal de que estava de volta ao caminho certo após uma série de safras sombrias durante a década de 1970.

“Château Margaux – 1979”

Este vinho está agora atingindo a plena maturidade, muito mais tarde do que eu inicialmente esperava. É um exemplo elegante de Margaux, possuindo uma cor rubi/roxo escura e um nariz moderadamente intenso de doce de groselha preta misturado com minerais, baunilha e aromas florais. O vinho é meio encorpado, com frutas lindamente doces. Este estilo linear e mais comprimido de Margaux possui uma boa essência interior de frutas doces e uma personalidade encantadora e harmoniosa. Embora não seja um blockbuster, está envelhecendo sem esforço, e parece ter mais caráter a cada ano que passa.

“Château Margaux – 1982”

Consistentemente marcando entre 98 e 100 pontos, o soberbo Margaux de 1982 pode ser um pouco maior, mais arrojado e mais masculino do que as safras produzidas nos últimos 15 a 20 anos. Sua cor de ameixa / roxo escuro é seguida por notas de alcatrão derretido misturado com doce cassis e bases florais. Muito encorpado e denso para um Château Margaux, com uma ligeira rusticidade tânica, possui poder de grande sucesso, riqueza e aromas impressionantes. Parece definido para mais 30 a 40 anos de vida.

“Château Margaux – 1985”

Aproximando-se da plena maturidade, este lindamente doce Château Margaux tem uma densa cor de ameixa/roxa e um enorme e doce nariz de groselha preta misturado com alcaçuz, torradas, mato e flores. Médio a encorpado com tanino flexível e um palato carnudo, suculento, multicamadas, este vinho expansivo e aveludado entrou no seu planalto de maturidade, onde deve permanecer (assumindo bom armazenamento) por pelo menos mais 10 anos a 15 anos. Um Château Margaux muito delicioso, sedutor e opulento para beber nas próximas duas décadas.

“Château Margaux – 1986”

Um magnifico exemplo do Chateau Margaux e um dos Margaux mais tênues e fechados dos últimos 50 anos, o ano de 1986 continua a evoluir em um ritmo glacial. A cor ainda é um rubi denso/roxo com apenas um toque de claridade na borda. Com várias horas de aeração, os aromáticos tornam-se marcantes, com notas de fumaça, torradas, creme de cassis, minerais e flores brancas. Muito encorpado, com taninos altos mas doces, grande pureza e um estilo muito masculino e encorpado, este vinho deve ser quase imortal em termos do seu potencial de envelhecimento. Está começando a sair de seu estágio infantil e se aproximar da adolescência.

“Château Margaux – 1990”

Oferece uma extraordinária exibição aromática de flores de primavera, cânfora, frutas vermelhas e pretas doces, uma pitada de alcaçuz e nenhuma evidência de seu envelhecimento em barris de carvalho 100% novos. Redondo e generoso com baixa acidez, no entanto, com uma riqueza opulenta e encorpada e frescor muito preciso. Este impressionante vinho está apenas começando a atingir seu patamar de plena maturidade, onde deve permanecer por mais três décadas. Um esforço sensacional, é um dos vinhos lendários feitos no Château Margaux.

“Château Margaux – 1995”

Engarrafado muito tarde (novembro de 1997), o ano de 1995 continuou a se desenvolver, tornando-se um dos grandes clássicos feitos sob o regime de Mentzelopoulos. A cor é rubi opaca/roxa. O nariz oferece aromas de alcaçuz e carvalho novo e adocicado, misturado com frutas negras, alcaçuz e minerais. O vinho é médio a encorpado, com riqueza extraordinária, equilíbrio fabuloso e tanino robusto no final. Apesar do seu grande tamanho e juventude, este vinho é de fácil degustação e acessível. Este é um emocionante Margaux que será sempre mais suave e mais evoluído que o seu irmão mais encorpado, o 1996. Será fascinante acompanhar a evolução de ambas as safras ao longo do próximo meio século.

“Château Margaux – 1996”

O 1996 Château Margaux, uma mistura de 82% de Cabernet Sauvignon, 12% de Merlot, 4% de Petit Verdot e 2% de Cabernet Franc, deve ser um forte concorrente para o vinho da safra. Ele é abençoado com uma delineação e frescura de tirar o fôlego no nariz, discreto no início e depois florescendo com frutas negras com infusão de minerais, notas de mirtilo, brita e violeta. O paladar é perfeitamente equilibrado com taninos de filigrana, acidez perfeita, um vinho onde tudo parece estar no lugar certo. Amora, pedra esmagada na frente da boca, apenas um toque de especiarias para o acabamento, mostrando um sensacional equilíbrio. Este é um Margaux que parece iluminar os sentidos. Foi notável em sua juventude, algo que não mudou nem um pouco nas duas décadas seguintes. Este vinho pode acabar sendo o ápice da margem esquerda dos anos 90.

“Château Margaux – 2000”

Absolutamente convincente em duas degustações desta safra, o Margaux 2000 é composta por 90% de Cabernet Sauvignon e 10% de Merlot. A sedução extraordinária, aromas complexos e a pureza que exibe me levam a acreditar que atingiu sua janela de plena maturidade. De corpo médio, com camadas de concentração, frutas azuis, vermelhas e pretas impressionantes misturadas com flores primaveris, uma dosagem sutil de carvalho novo e uma personalidade distinta que é elegante e, ao mesmo tempo, poderosa e substancial. É um vinho multidimensional. A cor permanece saudável, até mesmo opaca, azulada, roxa, mas não há motivo para hesitar em tomá-la. Deve evoluir por mais 30-40 anos, ou seja, não há pressa.

“Château Margaux – 2003”

Este foi o melhor desempenho deste vinho que tenho visto desde que foi lançado. Eu não esperava que o Chateau Margaux de 2003 mostrasse isso bem em uma safra onde a parte sul do Medoc era claramente menos impressionante do que a parte norte. No entanto, é um lindo esforço tingido de roxo com aromas sensacionais, um paladar encorpado e uma juventude, precisão e frescor que desmentem o que geralmente se associa a essa safra. Pode ser bebido agora e nos próximos 15 a 20 anos. Muitos elogios para este exemplar de Chateau Margaux.

“Château Margaux – 2009”

Uma brilhante safra da família Mentzelopoulos, mais uma vez seu talentoso gerente, Paul Pontallier, produziu um Château Margaux 2009 extraordinariamente concentrado e poderoso feito com 87% de Cabernet Sauvignon e o restante principalmente Merlot com pequenas quantidades de Cabernet Franc e Petit Verdot. Como na maioria dos Medocs, o álcool aqui é menor (13,3%) do que a maioria de seus irmãos. O abundante mirtilo, a flor de cassis e acácia, assim como os aromas de carvão e soalho da floresta, que são quase da Borgonha na sua complexidade, são acompanhados por um vinho com taninos doces e bem integrados e uma certa leveza etérea, apesar do tamanho total do vinho. Rico, redondo, generoso e invulgarmente acessível para um jovem Margaux.

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